terça-feira, 5 de outubro de 2010

Getúlio Vargas


O estado novo

A ditadura Vargas, ou Estado Novo, dura oito anos. Começa com o golpe
de 10 de novembro de 1937 e se estende até 29 de outubro de 1945,
quando Getúlio é deposto pelos militares. O poder é centralizado no Executivo
e cresce a ação intervencionista do Estado. As Forças Armadas passam a
controlar as forças públicas estaduais, apoiadas pela polícia política
de Filinto Müller. Prisões arbitrárias, tortura e assassinato de presos
políticos e deportação de estrangeiros são constantes. Em 27 de
dezembro de 1939 é criado o Departamento de Imprensa e Propaganda(DIP),
responsável pela censura aos meios de comunicação, pela propaganda do
governo e pela produção do programa Hora do Brasil.

Revolta Intregalista

Os integralistas apóiam o golpe de estado desde a primeira hora mas não
conseguem participar do governo. Sentem-se logrados quando Vargas
extingue a Ação Integralista Brasileira junto com os demais partidos.
Formam então a Associação Brasileira de Cultura e passam a conspirar
contra o ditador. Tentam um primeiro golpe em março de 1938, mas são
prontamente reprimidos. Dois meses depois organizam a invasão do
Palácio Guanabara, no Rio de Janeiro, com o objetivo de assassinar
Vargas. A guarda do Palácio resiste ao ataque até chegarem tropas do
Exército. Vários integralistas são presos e alguns executados no
próprio Palácio.
A politica externa no estado novo
Dois anos depois de instalada a ditadura Vargas começa a 2a Guerra
Mundial. Apesar das afinidades do Estado Novo com o fascismo, o Brasil
se mantém neutro nos três primeiros anos da guerra. Vargas aproveita-se
das vantagens oferecidas pelas potências antagônicas e, sem romper
relações diplomáticas com os países do Eixo – Alemanha, Itália, Japão
–, consegue, por exemplo, que os Estados Unidos financiem a siderúrgica
de Volta Redonda.
Rompimento com o Eixo – Com o ataque japonês à base americana de Pearl
Harbour , no Havaí, em dezembro de 1941, aumentam as pressões para que
o governo brasileiro rompa com o Eixo. Em fevereiro de 1942 Vargas
permite que os EUA usem as bases militares de Belém, Natal, Salvador e
Recife.

Brasil na 2a Guerra – A Força Expedicionária Brasileira (FEB) é criada
em 23 de novembro de 1943. Em 6 de dezembro, a Comissão Militar
Brasileira vai à Itália acertar a participação do Brasil ao lado dos
aliados. O primeiro contingente de soldados segue para Nápoles em 2 de
julho de 1944 e entra em combate em 18 de setembro. Os pracinhas
brasileiros atuam em várias batalhas no vale do rio Pó: tomam Monte
Castelo em 21 de fevereiro de 1945, vencem em Castelnuovo em 5 de março
e participam da tomada de Montese em 14 de abril. Ao todo são enviados
cerca de 25 mil homens à guerra. Morrem 430 pracinhas, 13 oficiais do
Exército e oito da Aeronáutica.

Realizações e fatos desse período :

- Censura aos meios de comunicação (rádios, revistas e jornais) e às manifestações artísticas como, por exemplo, teatro, cinema e música;
- Criação do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) para promover e divulgar as realizações do governo;
- Perseguição e, em alguns casos, prisão de opositores e inimigos políticos;
- Repressão às manifestações políticas e sociais (protestos, greves, passeatas);
- Controle dos sindicatos;
- Criação da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) em 1943, garantindo vários direitos aos trabalhadores;
- Criação da Justiça do Trabalho, da carteira de trabalho, salário mínimo, descanso semanal remunerado, jornada de trabalho de oito horas e regulamentação do trabalho feminino de menores de idade;
- Centralização administrativa do estado (aumento da burocracia estatal);
- Criação de um nova moeda, o cruzeiro;
- Investimentos em infra-estrutura e ênfase no desenvolvimento industrial (criação da CSN – Companhia Siderúrgica Nacional e Companhia Vale do Rio Doce);





  • Participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial ao lado dos aliados (Inglaterra, Estados Unidos e União Soviética), com o enviou da FEB (Força Expedicionária Brasileiras) aos campos de batalha na Itália.

    Getúlio Vargas presidente que ficou mais tempo no poder  aqui no Brasil .